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Importância de investimentos em educação é evidenciada em palestras de Glauco Côrte e Caio Gualberto

25/08/2018

O segundo painel do 35º Encontro do Ministério Público de Santa Catarina serviu para diversificar os temas de debate do evento. O desenvolvimento da economia catarinense e a cidadania financeira foram pautas das palestras do ex-presidente da FIESC, Glauco Côrte, e do diretor de negócios da Unicred, Caio Gualberto.

Glauco Côrte deu início à apresentação com o tema “Educação, Constituição e Desenvolvimento”, onde relembrou os 30 anos da Constituição que recebeu o título de “cidadã” por restabelecer a democracia, os valores sociais e a economia de mercado. Neste contexto, destacou a importância do título VII – da ordem econômica e financeira, do título VIII – da ordem social e do artigo 3º da Constituição, que designou a garantia ao desenvolvimento nacional como um dos objetivos da república.     

Ao adentrar no tema “desenvolvimento”, Glauco traçou um panorama da economia catarinense e apresentou perspectivas para o cenário. O estado é um dos poucos que demonstra a descentralização da população e da economia. Esta característica se reflete no setor industrial, que ocupa a primeira colocação no país em termos de diversificação. Segundo Côrte, essa particularidade reduz a dependência econômica entre os setores, ameniza os impactos em períodos de crise e possibilita que Santa Catarina cresça mais do que a média dos estados brasileiros.

A média nacional do crescimento da indústria de transformação, por exemplo, é de 12%, enquanto na economia catarinense é de 22%. Este setor da indústria é formado por mais de 220 mil empresas e conta com 2,1 milhões de trabalhadores, mas a falta de investimento em infraestrutura é uma ameaça que torna o custo da logística muito alto em relação ao restante do país. Por isso, o empresário defende que se faça um esforço no sentido de eleger governantes federais que olhem para essas questões.

Para Glauco Côrte, a indústria está entrando na sua quarta revolução, o que representa uma era de renovações tecnológicas. E para o setor público ser capaz de se alinhar a essas perspectivas sugere a adoção de uma agenda comum, levando em consideração três medidas: fortalecimento da educação como princípio para o desenvolvimento; relação de maior proximidade entre setor público e privado; e a busca permanente da redução das desigualdades em Santa Catarina.

Ele elenca a educação como um fator determinante para a redução das desigualdades, pois a remuneração cresce à medida que as pessoas aumentam o nível de escolaridade. Nos últimos cinco anos, o número de trabalhadores catarinenses com escolaridade básica completa cresceu em 15,4%. O empresário acredita que “isso revela a consciência que a sociedade foi tomando da importância da educação”.

Complementando a fala do ex-presidente da FIESC, Caio Gualberto destacou os direitos e deveres que a população tem no âmbito financeiro e a importância de conhecê-los. A chamada “cidadania financeira” é uma ferramenta de proteção da sociedade e também uma maneira de manter o equilíbrio no mercado.

O direito de acesso ao mercado e à educação financeira traz consigo o dever de um consumo responsável de produtos do mercado formal, originais, legais e com origem e destino lícitos. Pois a aplicação do dinheiro no mercado causa impacto direto na sociedade, em efeitos que se apresentam no desenvolvimento e bem estar social.

Em sua fala, o diretor financeiro defendeu a importância de educar a geração atual para construir um futuro baseado em comportamentos financeiros adequados e com menos problemas sociais. Para isso, sugeriu três premissas: um ambiente que proporcione renda, educação e saúde; relações de confiança, onde as pessoas tenham menor índice de percepção da corrupção; e a combinação entre um ambiente saudável e uma boa relação com o poder público para alavancar a economia.

O palestrante classificou a cidadania financeira como um instrumento de desenvolvimento econômico que torna os indivíduos mais conscientes sobre a relevância do seu consumo e justificou, dessa forma, a sua importância para a sociedade.

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Assessoria de Imprensa ACMP

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